Freguesia que confronta com o rio Minho, a norte, Cambeses, a nascente e sul, Monção, a nascente, e Troporiz, Pinheiros e Cortes, a poente. São seus lugares principais: Requião, Carrazedo, Antoinha, Pomar, Cruzeiro, Agrelo, Boavista, Quinta da Oliveira e Regueiro. É tido por seguro que a actual vila de Monção (antes, Monção Velha) teve a sua origem, antes de ocupar a área geográfica actual, nas terras outrora pertencentes a Mazedo, onde ocupava também a área da actual freguesia de Cortes, que só em 24 de Agosto de 1989 deixou de ser um lugar de Mazedo. Na carta de povoamento lavrada a 12 de Março de 1261, por D. Afonso III, diz-se "... facio quandam populationem in cauto de Mazedo e impono ei de novo nomen Monzon." Situada "entre olivais e vinha", trata-se de uma terra muito fértil, que em 1557 contabilizava já 304 fogos. A mitra apresentava o reitor, que tinha de renda cento e vinte cinco mil réis. Os dízimos eram dos Jesuítas e, por extinção da companhia, passaram para a Universidade de Coimbra, que os recebeu até 1834. Refere José Augusto Vieira, no seu "Minho Pitoresco", sobre a origem do topónimo: "O nome de Mazedo é explicado pelos etimólogos - vá para eles a glória -, de ser mau e azedo o vinho da freguesia! Francamente o nosso paladar não concordou com tal etimologia e, como veremos logo, Mazedo é uma das freguesias mais produtoras do precioso líquido. Derivará o nome, antes, do latino Mansinetus ". A igreja paroquial ergue-se no lugar do Quinteiro, ao cimo de uma escadaria. Por cima da porta principal, dando as boas-vindas, um nicho com a imagem do Divino Salvador. A torre sineira forma um arco que permite a passagem para a parte traseira do templo. Possui, no interior, um altar-mor barroco, em talha dourada, com as imagens de Santa Filomena e de S. Gabriel a ladearem Cristo Crucificado. Ainda na capela-mor, registo para as imagens de S. Salvador e de Santo António. Ladeando o arco cruzeiro, dois altares em talha dourada: de Nossa Senhora das Dores e do Coração de Jesus. Existem também altares devotados a Nossa Senhora de Fátima e um outro às Almas, com imagens em relevo das penas do purgatório. Perto fica a capelinha de Nossa Senhora do Campo, também dita de Nossa Senhora dos Prazeres. Possui na frontaria um nicho com a imagem da Senhora do Campo e, no interior, as imagens de Santo António, Menino Jesus e Nossa Senhora dos Prazeres, sobre um pequeno altar. A Capela de Santa Cruz fica no lugar de Requião. Foi recentemente restaurada. Para além do altar de Santa Helena ou Santa Cruz, merece atenção um lindo altar-mor, em madeira trabalhada, onde pontificam as imagens de S. Bento, S. Brás, Bom Jesus, Coração de Maria e S. Salvador. O Solar de Serrade, aproveitado, após restauro, para o turismo de habitação, pertenceu aos morgados de Serrade, com morgadio instituído pelo padre Belchior Barbosa, descendente da Casa de Aboim. O seu primeiro titular foi o irmão do instituidor, Gaspar Barbosa. A pedra de armas da casa é um escudo francês, esquartelado, do século XVII, com os nomes Barbosa, Marinho, Castro e Soares. Em 1740 era morgado de Serrade Francisco Barbosa Martinho. Aqui esteve instalado o quartel das forças de vigilância da fronteira, em 1801, sob o comando do marquês de Ia Roriere. No lugar do Quinteiro existe uma casa pertencente aos Moscoso, ostentando na esquina um brasão do século XVII, em bico, com linhas côncovas. É cercado por uma bordadura com as iniciais das palavras da divisa da família: NNASRV - ANVASR. Os Moscoso são das famílias mais antigas da Galiza, sendo referidos já no século XV. A carta de fidalguia, que lhes foi dada por Carlos V, data de 1554. É na freguesia de Mazedo que está instalada a Adega Cooperativa Regional de Monção, o Centro de Saúde, a Escola Secundária e a Escola Profissional.