Situada "numa baixa, entre cabeços de montes", dista 10 km da sede do concelho. Confronta com Sá e Valadares, a norte, Cousso e Penso (ambas de Melgaço), a nascente, Riba de Mouro e Podame, a sul, e Segude, Ceivães e o rio Mourão, a poente. São seus principais lugares: Casal, Cotinho, Aldeia, Muro, Outeiro, Senrela, Torre, Cordovelha, Boalhosa, Varjielas,Paradostia,Paço, Vila-Boa e Val. Terra antiga, foi de comendatários. Aqui existiu o couto de Vila Boa, que pertencia aos Abreus, por mercê do rei D. Fernando, pelos anos de 1370. Foi vigairaria anexa à freguesia de Ceivães, passando posteriormente para a Casa do Infantado. Como freguesia, é referida nos autos de demarcação de 1516. Pertenceu ao extinto concelho de Valadares até 1855, ano em que se integrou no de Monção. Contadores de viagens antigas - como José Augusto Vieira, no seu coloquial "Minho Pitoresco", ou Pinho Leal, no pormenorizado "Portugal Antigo e Moderno" - dão conta de que houve por estas bandas duas importantes famílias fidalgas: os já ditos Abreus e os Vilarinhos, ambas descendentes de Arção de Cotos, que foi um extremado cavaleiro dos primeiros tempos da nacionalidade. Os Abreus tinham a sua casa, com torre, e os Vilarinhos o seu próprio solar. Contam ainda os velhos viajeiros que os Vilarinhos viriam de um bastardo da casa dos Abreus, que, indo com seu pai e dois irmãos legítimos à caça, e sendo o pai assaltado por uma grande serpente, fugiram os legítimos cobardemente, deixando o progenitor em perigo. Porém, o bastardo resolutamente investiu contra o réptil, matando-o antes que seu pai fosse ferido. A mulher, quando soube do comportamento dos filhos e do enteado, perfilhou este e deserdou os outros. Anota Pinho Leal que "na capelamor da igreja de S. Gil de Perre estão as armas dos Abreus. São duas serpentes". Outros vestígios de uma antiga nobreza local poderão ser encontrados na Casa da Porteleira, com brasão dos Soares de Tagilde - um escudo francês onde constam uma brica, no canto direito, e três flores-de-lis, no canto esquerdo. Vestígios de uma antiga nobreza local poderão ser encontrados na Casa da Porteleira, com brasão dos Soares de Tagilde - um escudo francês onde constam uma brica, no canto direito, e três flores-de-lis, no canto esquerdo. Badim terá sido a primeira freguesia do concelho a instituir a chamada Lei do Gado ao Vento, que determinava que o gado que fosse achado sem dono era direito real, tendo a pessoa que o encontrasse dez dias para o denunciar, sob pena de acusação de furto. A igreja paroquial data de 1703. À entrada do pequeno adro existem duas sepulturas em granito. A Capela da Senhora da Graça, meeira com Sá, deverá remontar ao século XVIII. Do seu alto pode desfrutar-se uma magnífica vista, que alcança todo o vale do Minho e o vale do rio Mouro, viajando por povoados e montes fronteiriços galegos e portugueses.