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Monção

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Ceivães
Monção

Freguesia situada no extremo norte do concelho, dista 9 km da vila de Monção. Confronta com o rio Minho e Messegães, a norte, Segude, a sul, Badim, a nascente, e Barbeita (com divisão feita pelo rio Mouro), a poente. São seus lugares principais: Cruzeiro, Valinha, Ponte do Mouro, Pereiras, Cimo de Vila e Moucheira. Estendendo-se pela encosta da serra, o seu território, farto em milho e vinho, fez parte do antigo termo de Valadares, designando-se então por Moujuzão (corruptela de Mouro jusão, a significar margem inferior do rio Mouro). Ceivães está ligada a Barbeita pela célebre Ponte do Mouro, onde, em 1386, D. João I se reuniu com o seu futuro sogro, o duque de Lencastre. A casa de Bragança apresentava o reitor, que tinha cem mil réis de rendimento. Foi comenda da Ordem de Cristo, dos marqueses de Vila Real até 1661 e, sendo o último destes justiçado e os seus bens confiscados, o que aqui possuía passou para um prestimónio da ordem, da Casa de Bragança. Para além da igreja paroquial, merecem destaque no património da freguesia as capelas da Senhora da Agonia, edificada em 1790; da Senhora da Boa Nova, construída em 1761, restaurada em 1916 e limpa em 1992, por uma comissão de amigos; e, no lugar da Valinha, a de S. Bento e a da Senhora do Livramento, com um belo altar-mor, trabalhado em tons de azul e dourado. Aproveitado para o turismo de habitação, o Solar do Hospital ostenta brasão de armas de Queiroses, Pereiras, Barbosas e Gouveias, que nos princípios do século XVII (4 de Maio de 1604) foi concedido a António de Queirós. Nesta propriedade criou baroneto o rei D. Fernando em favor de Joaquim de Queirós Machado e Vasconcelos, por decreto de 30 de Julho de 1885. Na Quinta dos Abreus, sobre o portão, existe uma pedra de armas encimada por um coronel de nobreza. É um escudo cercado de profusa ornamentação, com muita fantasia, esquartelado, onde estão representados os nomes Sousa, Araújo, Brito e Abreu Do alto do monte da Senhora da Boa Nova pode gozarse empolgante panorâmica sobre o vale do rio Minho e do rio Mouro, que naquele vai desaguar, nas divisas da freguesia. Ponto de encontro das gentes do formoso vale do Mouro, pelos serviços que presta na saúde, segurança social, correios e outros, assim como no comércio e indústria, pode considerar-se, hoje, a freguesia de Ceivães como uma das maiores fora da sede do concelho.

Orago Divino Salvador

População 572 habitantes

Atividades económicas Agricultura e pecuária, vinicultura, comércio e industria

Festas e Romarias Senhora da Boa Nova (1.°domingo de Maio), Senhora do Livramento (Agosto), Divino Salvador e S. Bento (Junho)

Património cultural e edificado Igreja paroquial, Ponte do Mouro, capelas da Senhora da Agonia, da Senhora da Boa Nova, de S. Bento e da Senhora do Livramento

Outros locais de interesse turístico Coutinho no monte da Senhora da Boa Nova e foz do rio Mouro

Gastronomia Arroz de lampreia e especialidades com sável

Badim
Monção

Situada "numa baixa, entre cabeços de montes", dista 10 km da sede do concelho. Confronta com Sá e Valadares, a norte, Cousso e Penso (ambas de Melgaço), a nascente, Riba de Mouro e Podame, a sul, e Segude, Ceivães e o rio Mourão, a poente. São seus principais lugares: Casal, Cotinho, Aldeia, Muro, Outeiro, Senrela, Torre, Cordovelha, Boalhosa, Varjielas,Paradostia,Paço, Vila-Boa e Val. Terra antiga, foi de comendatários. Aqui existiu o couto de Vila Boa, que pertencia aos Abreus, por mercê do rei D. Fernando, pelos anos de 1370. Foi vigairaria anexa à freguesia de Ceivães, passando posteriormente para a Casa do Infantado. Como freguesia, é referida nos autos de demarcação de 1516. Pertenceu ao extinto concelho de Valadares até 1855, ano em que se integrou no de Monção. Contadores de viagens antigas - como José Augusto Vieira, no seu coloquial "Minho Pitoresco", ou Pinho Leal, no pormenorizado "Portugal Antigo e Moderno" - dão conta de que houve por estas bandas duas importantes famílias fidalgas: os já ditos Abreus e os Vilarinhos, ambas descendentes de Arção de Cotos, que foi um extremado cavaleiro dos primeiros tempos da nacionalidade. Os Abreus tinham a sua casa, com torre, e os Vilarinhos o seu próprio solar. Contam ainda os velhos viajeiros que os Vilarinhos viriam de um bastardo da casa dos Abreus, que, indo com seu pai e dois irmãos legítimos à caça, e sendo o pai assaltado por uma grande serpente, fugiram os legítimos cobardemente, deixando o progenitor em perigo. Porém, o bastardo resolutamente investiu contra o réptil, matando-o antes que seu pai fosse ferido. A mulher, quando soube do comportamento dos filhos e do enteado, perfilhou este e deserdou os outros. Anota Pinho Leal que "na capelamor da igreja de S. Gil de Perre estão as armas dos Abreus. São duas serpentes". Outros vestígios de uma antiga nobreza local poderão ser encontrados na Casa da Porteleira, com brasão dos Soares de Tagilde - um escudo francês onde constam uma brica, no canto direito, e três flores-de-lis, no canto esquerdo. Vestígios de uma antiga nobreza local poderão ser encontrados na Casa da Porteleira, com brasão dos Soares de Tagilde - um escudo francês onde constam uma brica, no canto direito, e três flores-de-lis, no canto esquerdo. Badim terá sido a primeira freguesia do concelho a instituir a chamada Lei do Gado ao Vento, que determinava que o gado que fosse achado sem dono era direito real, tendo a pessoa que o encontrasse dez dias para o denunciar, sob pena de acusação de furto. A igreja paroquial data de 1703. À entrada do pequeno adro existem duas sepulturas em granito. A Capela da Senhora da Graça, meeira com Sá, deverá remontar ao século XVIII. Do seu alto pode desfrutar-se uma magnífica vista, que alcança todo o vale do Minho e o vale do rio Mouro, viajando por povoados e montes fronteiriços galegos e portugueses.

Orago S. Julião

População183 habitantes

Atividades económicasAgricultura e pecuária, pequeno comércio, pequena indústria e exploração florestal

Festas e RomariasSenhora da Graça (Maio/Junho, de dois em dois anos) e S. Julião (9 de Janeiro)

Património cultural e edificadoIgreja paroquial, Capela da Senhora da Graça, Capela de Senrela, Alminhas de Senrela, da Barronda, da Boalhosa, do Regueiro e Vila - boa e o Crasto do Monte da Senhora da Graça e Casa da Porteleira

Outros locais de interesse turísticoMonte da Senhora da Graça e margens do rio Mourão

GastronomiaCabrito assado no forno

ArtesanatoTecelagem de linhoMais informações em www.ceivaes-badim.com