Ir para conteudo

Site Autáquico - Câmara Municipal de Monção

Monção

Fale Connosco
> Monção > Município > Mitos e Lendas > João Verde

João Verde

O Poeta Maior das Letras Monçanenses

João Verde, pseudónimo de José Rodrigues Vale, poeta maior das letras monçanenses, nasceu em 1866, no Largo da Palma, e faleceu em 1934, na “Casa do Arco”, Rua Conselheiro Adriano Machado, conhecida localmente como Rua Direita. Exercendo como secretário da Câmara Municipal de Monção, desde 22 de julho de 1891 até à data do seu falecimento, a vida literária de João Verde distribuiu-se pela criação poética em verso e em prosa e pelo jornalismo, publicando textos seus nos jornais “Aurora do Lima”, “A Terra Minhota”, “Alto Minho”, “Monsanense” e “Independente”. Em 1901, funda “O Regional” (1901 – 1918).João Verde estreou-se na poesia com a publicação de “Musa Minhota”, 1887, seguindo-se “N`Aldeia”, 1890. A sua obra mais conhecida, “Ares da Raia”, foi impressa em Vigo e lançada em 1902. A tiragem foi de 700 exemplares, 500 para Portugal e 200 para a Galiza. Por incluir dois poemas em galego, João Verde foi inscrito, mais tarde, na catedrática Santiago de Compostela como o XV poeta galego.Esta publicação reúne duas dúzias de poemas repartidos por cinco capítulos. Entre estes, destaca-se “Vendo-os assim tão pertinho”. Aqui fica: “Vendo-os assim tão pertinho,A Galiza mail'o MinhoSão como dois namoradosQue o rio traz separadosQuasi desde o nascimento.Deixalos, pois, namorarJá que os pais para casar Lhes não dão consentimento.”O poema “saltou” a fronteira e, mais tarde, o poeta galego Amador Saavedra respondeu assim: "Se Dios os fixo de coteUm p’ra outro e teñem doteEm terras emparexadas,Pol'a mesma auga regadasCom ou sem consentimentoD'os pais o tempo a chegarEm que teñam que pensarEm facer o casamento."A memória de João Verde está viva na memória de todos os monçanenses através das reedições em poesia e prosa das suas obras, do busto em bronze e mural com o poema “Vendo-os assim tão pertinho”, na Avenida General Humberto Delgado, conhecida como Avenida dos Néris, do nome atribuído à principal sala de espetáculos de Monção, Cine Teatro João Verde, bem como na designação da ponte internacional entre Monção e Salvaterra de Miño: Ponte Internacional João Verde/Amador Saavedra.  Na publicação “João Verde: Vida e Obra”, 1961, Gentil de Valadares referiu-se ao poeta desta forma: “O nome de João Verde – nome que consubstancia o português de lei, o regionalista fervoroso, o poeta d`a Galiza e mail`o Minho, o funcionário por excelência serviçal, o cidadão amigo do semelhante -, brilhará em letras de oiro, com incontestável direito, legitimamente, no pergaminho monçanense. Quanto dariam outras terras por ter o amor de tal filho!”   

O que visitar?

Busto em bronze e mural com o poema “Vendo-os assim tão pertinho”, na Avenida General Humberto Delgado, conhecida como Avenida dos Néris, uma verdadeira varanda com vista excecional sobre o muralhado, o rio Minho e a margem galega.A “Casa do Arco”, na Rua Conselheiro Adriano Machado, conhecida localmente como Rua Direita, última morada de João Verde, onde faleceu em 1934.